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baú das alembranças

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Os ciganos e eu

As empresas não os aceitam e eles não as procuram.

Eu fui electricista da Construção Civil e numa das últimas obras em que trabalhei, trabalhava um cigano a quem por vezes na brincadeira eu chamava de traidor à raça.

Ele confirmava que no meio era mesmo considerado traidor, mas que se estava marimbando porque era a trabalhar nas obras que ganhava para alimentar e educar dois filhos, pagar água, electridade e renda de casa e que não os queria ver mais tarde a viver na piolhice e na indigência da sua raça.

No meio da década de 80 andei a trabalhar na montagem da Soporcel na Figueira da Foz, houve necessidade de pontualmente contratar bastante pessoal indiferenciado e apareceram dezenas de ciganos para trabalhar.

Os ciganos tem é códigos que os leva a não quererem ligações contratuais e trabalhos de longa duração. Mas na região de Odemira, Cercal ou São Teotónio trabalham muitos ciganos na agricultura. Apanha de fruta ou hortaliças. Não há muitos anos que na zona onde vivo, vi muita criança com fome. Mas fome mesmo a sério. e qualquer pessoa com um pingo de cultura te obrigação de achar que é degradante até para si próprio.

Felizmente isso acabou. O estado tem a obrigação de não deixar que isso aconteça, mesmo que isso seja pago com os nossos impostos.

Como se costuma dizer, o hábito faz o monge e aqui na Buraca onde vivo, Os mesmos ciganos que viviam em barracas imundas sem água da companhia nem electridade e andavam na rua andrajosos, porcos, maltrapilhos e cheio de fome, são ou eram praticamente os mesmos ou ascendentes daqueles que hoje vivem no mesmo local em prédios sociais da Câmara de Lisboa e que hoje saem à rua asseados e bem alimentados.

Continuam a fazer vida separada das outras comunidades mas mesmo assim mais sociáveis.

É uma questão cultural

.
 
 
 

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