O estigma das barracas
Nos tempos em que vim emigrado para lisboa aí por volta de 1965 com 18 anos eram milhões os habitantes que Lisboa, Porto, Coimbra ou Setúbal tinham a viver nessas condições.
As pessoas foram lutando por uma vida melhor e foram a pouco e pouco se libertando desse estigma de viver em barracas.
Uns por iniciativa própria e sacrifícios mais ou menos elevados e outros com ajuda das autarquias foram conseguindo até chegarmos a cinquenta anos depois e quase não se ver uma barraca a servir como habitação.
Aqueles que ficaram para trás e nunca saíram da chafurdice em que viviam há cinquenta anos nunca lutaram nem para pedir ajuda.
São indigentes parasitas da sociedade e como tal merecem viver ou vegetar na mais profunda miséria.
Não tenho pena nenhuma de quem se sujeita a viver assim. Normalmente vive assim para ser motivo de pena e ser ajudado até no pagamento da água que bebe mas como nem ajuda é capaz de pedir fica sentado numa pedra à espera que passe no local uma cadeia de televisão para ser motivo de pena e consequente ajuda.