As Autárquicas 2017
As Autárquicas 2017
O meu afilhado, que é um gajo esperto, chama-lhes com razão, opinadores ou comentadeiros compulsivos.
Não percebem nada de nada, não lêem um jornal ou na melhor das hipóteses lêem a Bola e tem um ódio de morte aos livros, mas não se calam.
Falam de tudo e criticam tudo como se seguissem ao milímetro e pecebessem alguma coisa da politica mundial ou da politica de pé da porta.
Criticam o partido A, B ou C mas nunca leram uma palavra do seu programa nem apresentam nada que contradiga, como também criticam o candidato A, B, C sem sequer os conhecerem nem conhecerem sequer o seu programa.
Quando chega a altura das decisões, em dia de eleições, em vez de cumprirem o seu dever moral e civico ficam tranquilamente na cama, vão para a praia ou vão almoçar com a família a casa do dos pais ou dos sogros.
Assim como assim, também nunca mexeram uma palha quer em prol da comunidade em que se encontram inseridos, quer em prol das condições de trabalho, ou remuneratórias suas, ou de outrem, mas estão sempre prontos a aceitar aquilo que os outros conquistam.
Estão sempre prontos a usufruirem das conquistas feitas com o sacrificio de outrem.
A carapuça só serve a quem a enfia e eu vou fechar a porta senão fico igual a eles.
Exercer o seu direito e o seu dever cívico votando, está fora de questão, ou então tiram o rabo da cama e vão masoquistamente anular o voto ou votar em branco.
Batem palmas e beijam a mão de qualquer gajo que lhes conte duas mentiras seguidas mas não vêem mais além do que a ponta do nariz.
Ah! vêem muitas teorias da conspiração e seres vindo do espaço.
Parecem aqueles papagaios que eram colocados num poleiro à porta das tabernas de antigamente que só sabiam dizer as asneiras que o dono lhe ensinava.
Ah! os papagaios também não falam, repetem os sons que conseguem fixar.