Olá boa tarde, no seguimento da informação que lhe pedia, o que eu lhe queria expôr era o seguinte:
A minha esposa. É natural de Vilar Chão onde nasceu há perto de 65 anos.
Embora não existam documentos ou registos que o comprovem, testemunhas mais de que fededignas garantem que a minha esposa era filha do Padre Humberto Flores já falecido.
Como é do conhecimento público este padre Flores em conluio com um irmão médico, montaram pelos anos 40/50 uma artimanha para criar um santuário em Vilar Chão.
Artimanha essa que fez ao tal Padre Flores amealhar uma razoável fortuna composta segundo se constava por uma quinta com casa de habitação apalaçada em Vilar Chão, apartamentos em Lisboa e Porto, prédios rústicos e contas bancárias.
Já próximo do fim de vida o Padre Flores foi viver para Mirandela onde viveu em casa de um sobrinho e onde morreu no hospital local.
A minha esposa, nunca se interessou pelas coisas do padre, até porque como nunca foi reconhecida como filha também nunca se sentiu com direito a reclamar fosse o que fosse.
No entanto, recentemente fizemos uma viagem a Vilar Chão e apercebe-mo-nos de que a quinta está em estado de total abandono e sem indícios de que alguma vez tenha sido reclamada como herança.
Inquirimos junto de algumas pessoas e ninguém nos soube dizer se alguém alguma vez tinha apresentado habilitação de herdeiros ou se a herança está realmente perdida.
O que pretendemos saber é se na realidade alguém apresentou habilitação de herdeiros, se a herança existe, se o valor da herança é compensatório e quais as possibilidades de a minha esposa a poder reclamar, tendo em atenção as complicações que isso acarretaria, mormente teste de paternidade etc, etc.
Como é evidente, não queremos gastar dinheiro sem saber se o retorno vale a pena mas estariamos dispostos a pagar –lhe para fazer uma pesquisa sobre se alguma vez foi apresentada a realação de bens e a correspndente habilitação de herdeiros.
Como não somos ricos, não temos posses para investir num processo que á partida não nos dá nenhuma garantia de retorno financeiro.
É que se foi apresentada habilitação de herdeiros e a herança foi entregue não tocamos mais no assunto.
Isto cantavam os Chutos e Pontapes a partir do principio da década de 80 e eu não canto porque nem o assunto é para cantar nem me apetece fazê-lo.
Já desde há muito tempo que o ambiente anda pesado em casa com varias ameças de abandono, e com várias negas de fazer comida tomar conta da casa e inclusivamente tratar das coisas que me dizem respeito. Como lavar ou passar a minha roupa e algumas vezes até negas a fazer comida.
Depois veio já há mais de um ano o abandono da cama e o ir dormir para o outro quarto.
Redondamente enganado pensei que era em atenção ao factoto de não me querer incomodar com o ressonar, nas não, era mesmo birra e o não querer partilhar a cama comigo .
No entanto, quando um dos filhos se resolvia vir cá fazer uma visita e pernoitava no quarto vago vinha partilhar a cama comigo.
Pelo Natal veio a Andreia com as meninas e usou-se o esquema que já se tinha usado noutras situções.
A Andreia dormiu com uma meninas no outro quarto e nós dormimos no quarto do costume com a menina mais velha numa cama de ocasião comprada para o efeito.
No segundo dia seguinte ao Natal a Andreia regressou a casa e eu fui com ela para lhe fazer companhia.
Fui até Coimbra e aí chegado apanhei o expresso de regresso a casa onde cheguei já perto da 21 horas cansado e com um ligeiro mal estar.
Alguma coisa se aproximava porque não tinha apetite e limitei-me a comer uma tijela de sopa e penso que um pouco de queijo fresco.
Quando fui para a cama cerca da meia noite estava mesmo em baixo.
Dores no corpo, febre e para complicar ainda mais, um pouco de diarreia.
Dia seguinte levantei-me cerca das duas da tarde sem comer e sem vontade de o fazer e com a sensação de estar a abraçar uma bruta de uma gripalhada.
Vespera de ano novo, o Ricardo resolveu jantar e almoçar cá em casa e mais uma vez dormimos juntos para ele dormir no quarto de reserva.
Passei uma noite lixada com frio diarreia e um constante mal estar.
Já de manhã, cansado mal disposto e febril com a noite mal dormida comentei: «Bolas, nunca estás quieta, passei a noite gelado e a tremer com frio por não parares de levantar e puxar a roupa».
Respondeu a resmungar mal disposta e e com grande agressividade que não aguentava mais que se ia embora, que preferia viver num quarto chungoso do que viver comigo assim e a partir daí não mais falou, não mais disse onde ia quando saía de casa não mais fez comida, especialmente o almoço.
Desmanchou compromissos sem qualquer razão aparente que tinha assumido para ir dar uma volta por trás os montes passando pelos primos para trazer azeite e eu pergunto: Isto é a minha vida?
Isto é o que alguma vez eu imaginei?
Não. Não é
Sou eu? Não sei mas a partir da próxima semana vou falar com alguém que sabe destas coisa e saber se sou eu o culpado por este mau ambiente existente entre nós.
Hoje é domingo dia de fazer companhia a senhora e passei o fim de semana sozinho tranquilo e recuperei bastante da gripe e do mal estar da semana.
Tratei do pagamento da água electricidade de couchel assim como do IMI.
Também paguei a renda de casa da Buraca. Em relação a Couchel está quase despachado,
Já estão pagos os registos prediais cerca 600 euros e mais umas coisas à solicitadora.
Do terreno das Sobreira vou esta semana de 05 a 12 de janeiro de 2020 sinalizar a compra e vou dar 1.000 euros de sinal.
Já fica quase pago, depois é so pagar a escritura e mais 250 euros.
O mediador trata de tudo e na altura da assinatura da compra e venda das Sobreiras
Entretanto vim a saber que a ida ao norte buscar azeite foi cancelada porque vai trabalhar sempre que puder para arranjar dinheiro por vai mudar-se para um quarto particular e viver sozinha.
Sou um escroque armado em patrão, sabujo ,porco e que só quero uma mulher para apanhar as minhas migalhas e limpar as minhas nódoas.
Há 45 anos que me atura e está farta disso. Quer liberdade e não ser criada de ninguém enquanto vai limpando o cu a velhas que lhe pagam uns trocos.
Esta deve ser aí a miléssima ameaça de saída de casa e sempre cedi a esta chantagem emocionall porque de chantagem emocional se trata.
Mas além de chantagem emocional trata-se de ghantagem psicológica porque sabe que eu estou doente e cada vez mais vou precisando de ajuda para tratar de mim.
Uma coisa é certa, se o meu figado pancreas ou lá o que é baquearem ou se o meu rim me vier a criar problemas de rejeição, com a falta de apoio familiar que me resta não permiteirei que o sofrimento tome conta de mim.
Tenho comigo medicação que sei usar nas condições necessárias a por termo a isto tudo sem fazer um grande espalhafato
A corrupção existe em todo o lado, desde sempre em todos os meios e em todas as classes.
Não é um fenómeno português ou brasileiro.
Lembrem-se da galinha que se dava ao médico à troca do atestado, do galo que se dava ao professor em troca de uma nota mais favorável, do garrafão de azeite ou do presunto que se dava ao engenheiro na troca de um qualquer serviço na obra, da garrafa de porto ao chefe de secção na troca de facilitar um papelucho qualquer ou do envelope ao instrutor com umas notas dentro na troca de facilitar o exame de condução assim como uma ou várias notas dentro do livrete do carro para ajudar a fechar os olhos à infração.
Eu fui inspetor de Instalações elétricas e sei do que falo.
Nunca aceitei dinheiro mas fui bastante assediado para o fazer.
Este é um tema que por natureza trás muita resistência interna, a quem se propõe a olhar para dentro, bem lá no fundo...
Por norma, é sempre mais fácil procurar justificações culpando os outros pelos nossos infortúnios em vez de tomar consciência do que não queremos ver e mudar...
Trabalhar a origem de uma determinada dor que nos destabiliza emocionalmente, é fundamental! Pois ela cria uma vibração energética densa ao nosso redor, atraindo o que não se quer para a nossa própria vida, mesmo inconscientemente que se faça, provocando mais tarde, muitas das vezes a somatização dessas emoções, em doenças no próprio corpo.
O Ego é determinante neste processo do despertar. Ou continuamos a dar voz à vítima que alimentamos ou dizemos "BASTA" e uma nova realidade nos surge no horizonte!
Chega de procurar culpados, quando o único culpado só sou eu.
E quando se dá este despertar, está tomada de consciência, a magia começa...
Sou membro do Facebook desde 2009 e durante cerca de doze anos publiquei milhares de excertos, crónicas, memórias, e comentário em dezenas ou centenas de páginas e grupos
Sou membro de dezenas de grupos, fundador e até administrador de alguns. Sou um democrata de esquerda e tenho muto orgulho na minha participação das lutas pela consolidação da democracia em Portugal e das conquistas dos direitos dos trabalhadores em particular e dos cidadãos em geral no período do pós 25 de abril.
Sou um leitor assíduo de blogs escritos por outros utilizadores e eu próprio escevo alguns que são seguidos e lidos por milhares de leitores.
Sou um acérrimo lutador contra todas as formas de tirania ou censura sobre a imprensa falada escrita ou visual e sou contra todas as formas de segregação sobre as minorias.
Sou anti racista ferrenho, como sou contra todas as formas de xenofobia, homofobia,
Segundo as estatisticas, as minhas coisas escritas ou comentadas tiveram até agora cerca de dez milhões de visualizaçãoes e gostos.
Nunca até há cerca de dez meses tive uma chamada de atenção para uma palavra desajustada ou mesmo mal intencionada.
No entanto, desde 1 de Dezembro de 2020, já fui por seis vezes admoestado e mesmo bloqueado por ter publicado comentários que desrespeitaram os padrões de comunidade relativos a assédio e bulyng, relativos a nudez e atividade sexual, relativos discurso de incentivo ao ódio,
De notar que em pouco mais de um mais de um mês fui bloqueado três dias, sete dias e trinta dias.
Se não é pedir muito, gostaria que os possuidores do lapis azul do Facebook me dessem uma explicação cabal e esclarecedora sobre esta perseguição e que me explicassem também o que é que foi feito da liberdade de expressão.
Barroso, Draghi e Rehn chamados a depor para justificar as opções seguidas nos resgates. Parlamento Europeu investiga violação das leis nacionais e da UE, protecção de interesses privados e falta de transparência.
Depois de três anos, cinco resgates e 450 mil milhões de euros gastos em intervenções, o Parlamento Europeu (PE) quer investigar o que correu mal na gestão da crise feita pela troika. Uma gestão que provocou a maior recessão, os níveis de endividamento e o desemprego mais altos da história da UE, com uma ‘receita’ que mais de metade dos europeus diz não ter funcionado.
«Queremos avaliar o funcionamento e a eficácia das políticas da troika, a sua responsabilidade democrática e colocar ainda uma atenção especial em eventuais violações das leis nacionais e europeias e na gestão danosa», adianta ao SOL o eurodeputado alemão Sven Giegold, que irá liderar o inquérito que foi aprovado esta semana pelos grupos políticos da Comissão Parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários do PE.
A abrangência da investigação será decidida na próxima semana, mas o foco de análise será a actuação da Comissão Europeia (CE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) na Grécia, Irlanda, Portugal e Chipre, os Estados que foram alvos de resgates integrais – o programa de Espanha está confinado ao sector bancário. As conclusões serão apresentadas antes do final do mandato de Durão Barroso à frente da CE, em Outubro de 2014.
Passava por mim a grande velocidade o ano de 1967 e eu já com 20 anos no pelo, fui obrigado pelo sistema politico de então a dar o nome para ser referendado e constar da lista dos gajos que estavam bons ou disponíveis para dar o coiro pelo país, pela Pátria ou fosse lá pelo que raio fosse. Era preciso é que estivesse bom para que na plenitude da sua vida em vez de ajudar o país a desenvolver-se, estivesse bom para matar ou morrer por uma coisa que não era sua nem devia preocupar-se com ela.
Neste caso era mais para dar o coiro para salvar o coiro de outros filhos da puta que viviam nas suas torres de oiro e nos seus castelos de diamantes.
Fosse como fosse, o que tem que ser tem muita força e como eu não tinha força nenhuma, nem tinha amigos poderosos tive de gramar a pastilha e lá tive de ir dar o corpo ao manifesto.
Tendo dado o nome em 1966, 18 anos, como mandava a lei fui chamado em 1967 para passar por uma inspeção como se faz aos cavalos e para me ver se tem dentes bons e patas sólidas e para me dizerem que estava bom tanto para matar como para morrer, mas que era muito melhor para morrer, também me mandaram abrir as nádegas para ver se tinha hemorroidal ou se alguma coisa tinha por cá andado a esfurancar, era magrinho franzino e não muito alto, 1,68 mt , 57 quilos mal aviados. Ou passava pelo intervalo das balas ou morria ao primeiro sopro de uma. Tanto fazia.
Talvez uma das minhas poucas alegrias é que a maioria dos meninos bem, com pais e amigos poderosos, também lá andavam a dar o litro.
Mandaram-me para Aveiro onde me instalaram no dia 22 de Outubro de 1968 num antigo quartel de cavalaria ou outra coisa qualquer e onde me iriam fazer permanecer oito semanas a correr para trás e para diante sem eu alguma vez saber onde é que íamos parar.
E a verdade é que nunca fui ter a lado nenhum.
Normalmente durante estas oito semanas eramos preparados, manipulados e manobrados física e psicologicamente para termos a ideia fixa de que o que estávamos a fazer era o melhor para o nosso país, para nós e para a nossa família, e eramos constantemente injetados com retórica a favor da guerra, e que nós é que eramos os bons e os outros eram todos uns mausões do caraças.
Eram tão maus, tão maus, que nós tínhamos de os matar.
Não quero, não posso nem devo com esta pequena crónica tentar escamotear o que foi a guerra pela libertação nas antigas Colónias nem quero deixar de lembrar o sofrimento que esta causou a centenas de milhares de homens, mulheres e crianças deste país nem dos outros países nela envolvidos.
Tal como dizia, fiz a recruta preparação física, psíquica e intelectual durante oito semanas em Aveiro e estava preparado para no fim desta ser despachado para uma zona de combate como acontecia a mais de 90% dos meus camaradas.
Quis o destino, que é uma das poucas coisas em que ainda acredito, já que não tinha amigos ou conhecidos de alta patente no meio militar e nem no meio civil, como já disse atrás, que no fim da recruta me tivessem mandado tirar a especialidade de caixeiro, fosse lá o que isso fosse.
Talvez porque constava no meu curriculum que tinha sido marçano dos doze até aos dezoito anos, mas não tenho a certeza se teria sido o motivo.
E assim terminada a recruta sou enviado para Escola Prática da Administração Militar em Lisboa para frequentar o curso de caixeiro e consequentemente a escola de cabos que durou mais oito semanas, terminando no fim de Fevereiro de 1969.
Findo o curso com o melhor aproveitamento possível, sou enviado par o Regimento de Cavalaria 4 em Santa Margarida da Coutada, que se situa no Tringulo Militar de Tancos e onde passei cerca de quatro meses à linha. Que é como diz, a fazer rondas, guardas à Polícia, guardas à porta de armas, guardas ao paiol e faxinas e que no fim desses quatro meses quando estava de guarda à carreira de tiro deitado no num pinhal à sombra dos pinheiros a observar as cotovias apareceu um Willis com um sargento a informar-me para arrumar as minhas coisas e levantar acampamento para ir gozar dez dias de férias que já estava marcado o embarque para Moçambique. Mas coisa que só vim a saber depois de lá estar..
Pensei para comigo:
Meu filho, desta já te safaste, Não vais andar aos tiros, eventualmente também não vais morrer e também não vais matar ninguém na guerra.
Um caixeiro serve normalmente para estar atrás das trincheiras a tratar dos mantimentos e todo o material a enviar para os camaradas que se encontram na zona de combate e zelar para que esses camaradas tenham o mínimo de condições, quer de bem estar, quer alimentares, quer de saúde.
Embora tivesse sido informado que o meu destino já estava traçado, ninguém sabia para onde iria ser enviado nem quando.
Fui para casa dos meus pais que como é lógico ficaram com o coração nas mãos e preparei-me para gozar os dez dias de férias que a lei previa antes de embarcar.
Não fiquei dez dias, fiquei mais, passados alguns dias recebi um telegrama para me apresentar no Quartel General de Adidos em Lisboa para levantar o equipamento camuflado e embarcar no Paquete Príncipe Perfeito com destino à Zona Militar de Moçambique, Lourenço Marques. Hoje Maputo
Não embarquei no paquete Príncipe Perfeito como estava previsto, mas embarquei passados uns dias no Paquete Infante D. Henrique no dia 21de julho de 1969.tendo passado o meu 22º aniversário a bordo entre Lisboa a o Funchal, mas nem dei por isso.
Vigem turística maravilhosa a bordo de um paquete de cruzeiro com escala no Funchal, Lobito, Luanda, Cape Towne e Port Elizabeth com piscinas, cinemas, jogos de salão, baile e sobretudo miúdas para dançar.
Destino: Manutenção Militar de Lourenço Marques destacamento do Bairro do Jardim Zoológico, a meia dúzia de quilómetros do centro da cidade.
O Serviço: uma verdadeira trabalheira.
Sob as ordens de um tenente "Chico" quase com idade para ser meu avô, organizar a segurança e vigilância dos armazéns onde eram depositadas os milhares de toneladas de géneros alimentícios que chegavam de Portugal e de outros países amigos, nos barcos e que depois a partir daí seriam repartidos medidos, pesados, etc, enviados para todas as unidades que se encontravam espalhadas por todo o território desde Mocímboa da Praia a norte até ao Rovuma a sul como rezavam os manuais escolares.
E pronto.
Chegado aqui, fiquei por Lourenço Marques cerca de vinte e seis meses.
Vinte e seis meses de doce remanso e dolce farniente mas que me exigia estar atento à segurança das instalações e pessoal e ter sob minhas ordens e a minha responsabilidade cerca duas dúzias de homens para fazer essa mesma segurança.
Não havia serviço de escala nem tal era necessário.
Como elementos militares eramos um Major, um Tenente, um Primeiro Sargento, dois Furrieis, quatro 1º Cabos e cerca de vinte soldados que dividíamos as guardas a nosso bel prazer e se um precisava de ir à cidade ou queria laurear a pevide, outro qualquer podia ficar a substituí-lo.
Havia mais cerca de cinquenta pessoas naquele departamento da MM mas era pessoal civil que fazia parte do quadros civis e com os quais não tínhamos nada a ver.
Assim fiquei pela cidade e como tinha muito tempo disponível aproveitei para me matricular numa escola particular privada e fazer o 1º e 2º ciclo do liceu que agora equivale ao nono ano.
Os dois anos e dois meses na cidade passaram-se da melhor maneira possível, com a calma possível e com o que permitiam os novecentos e trinta escudos mensais do ordenado de 1º cabo.
Lourenço Marques, era já nessa época uma cidade bastante cosmopolita e muito bem arquitetada.
Pelos salões da cidade passavam-se as noites de sábado nas soirés e a tardes de domingo nas matinés dançantes.
Não havia espaço para corridas de grande fôlego porque para além de sermos mais conhecidos que Jesus Cristo, toda a gente sabia que eramos militares e o respeitinho é muito bonito, o dinheiro também era pouco embora esse não fosse problema porque nos salões pagava-se uma entrada simbólica, mas eramos constantemente assediados para participar em sorteios ou leilões para angariação de fundos.
Havia também várias coletividades e associações desportivas onde passávamos grande parte do tempo livre a ver jogos ou a dançar,
Ruas e avenidas todas em linha reta, largas, paralelas e perpendiculares, onda na parte mais antiga pululavam esplanadas, cabarés, bares e clubes noturnos sempre à pinha com turistas brancos sul- africanos e rodesianos que iam à procura do divertimento que lhes era proibido na sua terra por causa da lei do Apartheid.
Por vezes, sabendo eles também que eramos militares, convidavam-nos para as suas mesas e saíamos de lá já bem aviados com a cerveja e o wisky a correrem.
Como quase sempre andávamos fardados, e mesmo que não andássemos não passávamos despercebidos a Polícia Militar não nos passava cartão e muitas vezes fechava os olhos e também porque o nosso posicionamento na manutenção nos colocava em situação privilegiada, já que quase todos os dias as patrulhas da PM em serviço, passavam por volta das três da manhã pela manutenção.
Abríamos o portão para esconder o Land Rover e tinham sempre umas latas de conserva, salada de tomate e alface, um pão do tipo saloio ou casqueiro e um copo de vinho para aguentar a ronda até de manhã e como se costuma dizer, uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.
Houve ainda tempo para dar alguns passeios e fazer algumas saídas ao exterior, como foi uma sardinhada assada no carvão na magnifica praia do Bilene, uns passeios sem grande interesse a Ressano Garcia, posto fronteiriço com a África do Sul, à Manhiça ou à Matola, pequenas cidades situadas a pouco mais de uma hora de Lourenço Marques.
Poder-se-há dizer que se não disparei um tiro não faço a mínima ideia do que era a guerra e do que se passava nas frentes de combate, mas faço.
O comandante da Manutenção, onde eu me encontrava, Sr major Arrobas da Silva tinha um filho militar no QG Quartel General em LM prestes a terminar o serviço e então para o filho ser desmobilizado fez um acordo com o comandante do QG e eu fui substituir o rapaz.
Passei assim mais de três meses na Secretaria do QG a despachar correspondência, a receber correio, ou a dar informações sobre o paradeiro da rapaziada que andava lá para cima, que mudava de poiso e que se esquecia de avisar os pais que como é lógico andavam preocupados e com o coração nas mãos quando não tinham noticias dos filhos.
Eu recorria aos ficheiros para saber onde estavam colocados, contactava os comandantes via rádio e enviava uma contrafé a obrigá-los a entrarem em contacto com a família, sob pena de castigo.
Também tinha acesso a correspondência confidencial entre comandos e sabia dos encontros imediatos com o inimigo e das baixas tanto de um lado como do outro assim como do material apreendido ou perdido.
Tinha também como tarefa, servir de escrivão aos advogados militares na elaboração de processos.
Sacanas, entenderam que eu tinha uma caligrafia bonita e lixaram-me a vida. Passava horas e horas a escrever relatórios à mão.
Finalmente, fim de comissão a 2 de outubro de 1971 vinte e seis meses depois de ter chegado.
Regresso a Lisboa no Navio Pátria de onde desembarquei a 21 depois de uma viagem bem agitada com escalas em Port Elizabet, Durban, Luanda, Lobito e São Tomé, entrega da farda no QGA Quartel Geral de Adidos na Ajuda e desmobilização a 23 de Outubro de 1971, trinta e seis meses e um dia depois de ter assentado praça
Foi duro. Foram quase dois dias a levar porrada com ondas de mais de dez metros e que nos faziam andar em bolandas no convés ou nos salões do barco.
Cheguei a Lisboa no dia 21 de outubro de 1971 e fiquei hospedado uma noite no Quartel Geral de Adidos na Ajuda e disputar com os percevejos um espaçozinho para dormirmos sem interferir uns com os outros , mas eles venceram pelo número e não me deixaram pregar olho.
Logo pela manhã e após ter tomado um pequeno almoço ligeirinho constituído por um copo de leite com qualquer coisa negra que parecia café e um casqueiro com manteiga, entreguei tudo o que me tinha sobrado de dois anos em África e embarquei para a minha aldeia sem avisar ninguém da minha chegada.
Ou seja: Três anos e um dia depois de ter entrado para o SMO Serviço Militar Obrigatório regressei à aldeia que me viu nascer.
Como tinha saído de Maputo com boas temperaturas, nem me lembrei de que cá já era outono e já tinha começado o frio.
Cheguei à aldeia cerca das dezanove horas com uma camisinha casca de ovo e a tremer de frio.
Não tinha à minha espera a fanfarra, além de eu não ser ninguém importante não me posso admirar porque não avisei.
Rapidamente a minha mãe, o meu pai e os meus irmãos mais novos se abraçaram a mim a chorar de alegria por me ver chegar são e salvo mas ao mesmo tempo de uma enorme tristeza porque havia pouco mais de dois meses que tinha morrido de doença prolongada o meu irmão mais novo que eu e que iria fazer 21 anos daí por um mês e que se fosse vivo e com saúde possivelmente iria a seguir enfrentar os mesmos desafios o outros piores.
Foram momentos de grande consternação que se viveram naquele momento mas passados alguns minutos começaram a chegar vizinhos e amigos para me darem as boas vindas.
Estava também um dos meus irmãos mais velhos que nesta altura já se encontrava emigrado em França mas que veio à terra para estar uns dias com a família e prestar algum apoio.
Couchel é uma aldeia pertencente à Freguesia de Santo André, concelho de Vila Nova de Poiares e Distrito de Coimbra.
Encontra-se junto à Estrada da Beira ou EN 17, a cerca de 22 Klm de Coimbra.
Tem três quintas de razoável dimensão e cerca de trinta casas habitadas ou habitáveis
É uma aldeia pequena mas deve ser uma das que tem maior densidade populacional.
Tem cerca de 60 moradores residentes e vários moradores que vão e vem.
Nos últimos dez a quinze anos instalaram-se ou fixaram-se na aldeia vários casais e famílias jovens, mercê de uma requalificação particular feita por um ex emigrante praticamente fiho da terra, "Sr.Urbano Francisco", que foi comprando as casas na sua maioria em rúinas e as foi reconstruindo dando à aldeia uma nova dinâmica.
Nasceram bebés na aldeia,(3) e está para nascer mais um, tem jovens no ensino primário,(4) secundário (3) universitário(3) e licenciados (6)
Coisa que nunca tinha acontecido.
Já houveram mais, mas também há famílias de estrangeiros que se mudaram e fixaram residência na nossa aldeia.
Mas apesar disso, quem não conhece e passa pela aldeia acima ou abaixo pode ser induzido em erro e pensar que é uma aldeia deserta em virtude de raramente se verem pessoas na rua e o estado do pavimento da rua principal se encontrar bastante degradado.
Durante todo o ano acontecem várias roturas na canalização de abastecimento de água que são reparadas pontual e localmente.
Nós sabemos que verba é uma coisa que existe em pouca quantidade mas é urgente intervencionar e requalificar as ruas desta aldeia.
É opinião minha, mas penso que a pavimentação da estrada entre Vale de Vaz e Couchel não seja tão prioritária como a própria rua principal e as ruas que lhe dão acesso assim como o acesso e o largo da capela.
Embora Couchel não possua um grande espólio mas como com mais ou menos esforço dapopulação e da autarquia já se procedeu à requalificação da capela e do largo que lhe é adjacente, procedeu-se à requalficação do bar e do palco e à construção de WC público, gostariamos de ver requalificadas as duas fontes públicas, uma de bica, outra de mergulho/ chafurdo e as alminhas, que apesar de se encontrarem em terrenos privados, tanto as fontes como as alminhas pertencem ao povo por tradição.
Esta aldeia, como a maior parte das aldeias do concelho, em pleno Sec. XXI não tem esgotos. sendo que estes se fazem para os quintais, para fossas antigas que de aséptico não tem nada e que polúem livremente a água dos poços existentes na zona.
Está no entanto de pé a promessa da autarquia que este mesmo ano de 2017 Couchel levará uma intervenção de fundo com a colocação de placas toponímimicas, colocação de rede de esgotos e renovação de rede de abastecimento de água e requalificação de pavimentos.
Estamos a meio do ano de 2018 e a prometida requalificação da rede abastecimento de águas ficou a meio como a meio ficou a prometida requalificação de pavimentos.
Outra vez o Dolmén de São Pedro Dias em Vila Nova de Poiares.
Olá.Sou Adelino José Ferreita de Cravalho e sou de Couchel. Então como ninguém ligou népia ao apelo que eu lancei já há uns anos para que alguém responsável da autarquia fizesse alguma coisa pelo Dólmen da Serra de São pedro Dias que é um símbolo em Vila Nova de Poiares, único monumento classificado, como ficou tudo na mesma vou de novo apelar para o pelouro da cultura para e para o Sr. Presidente da Autarquia para interceder pessoalmente na organização de uma comissão de estudo com vista a beneficiar o monumento, torna-lo conhecido e apelativo com vista à divulgação histórico/turistica do mesmo.
Em Portugal, a cruz da Ordem de Malta, figura em vários ordenamentos heráldicos de freguesias e municípios, que integram hoje antigas comendas e possessões da Ordem do Hospital de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta. Representada a prata, sobre escudete e/ou bandeira de campo vermelho, é de uso exclusivo das entidades que representam a Ordem Soberana e Militar de Malta neste país, nomeadamente a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses e seus braços operacionaisA cruz de Malta, também conhecida como a cruz de Amalfi, é o símbolo associado com a Ordem dos Cavaleiros de Malta (Cavaleiros Hospitalários) e, por extensão, com a ilha de Malta. A cruz é de oito pontas e tem a forma de quatro "Vs", cada um unindo os outros em seu vértice, deixando as outras duas pontas expandiu-se de forma simétrica. Seu design é baseado em cruzes usadas desde a Primeira Cruzada. É também o símbolo moderno de Amalfi, uma pequena república italiana do século XI. Em meados do século XVI, quando os cavaleiros estavam em Malta, o design familiar agora conhecida como a "Cruz de Malta" tornou-se associado com a ilha. A primeira evidência para a Cruz de Malta em Malta aparece nas moedas de cobre do Grão-Mestre Jean Parisot de la Vallette (1557-1568) e são datadas de 1567. Isto fornece uma data para a introdução da Cruz de Malta. A cruz de Malta foi representada em duas mil moedas na velha moeda de Malta e agora é mostrada na parte de trás das moedas de um e dois euros lançadas em janeiro de 2008.